O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que, apesar do avanço na medicina, ainda representa um desafio significativo para a saúde pública. Geralmente benigna pode também ser responsável por doença grave particularmente nos grupos de risco. Em Portugal, surgiram até à data 2 casos de sarampo. A vacinação é a única forma de prevenção!
O que é o Sarampo?
O sarampo é uma doença infecciosa causada pelo vírus do sarampo (Measles morbillivirus), pertencente à família Paramyxoviridae. Esta condição afeta principalmente crianças, mas adultos não imunizados também estão em risco. A transmissão do vírus ocorre por meio de gotículas respiratórias ou aerossóis expelidas ao tossir, espirrar ou falar.
Sintomas do Sarampo: Como se Manifesta?
Os sintomas do sarampo manifestam-se cerca de 10 a 14 dias após a exposição ao vírus. Inicialmente, podem-se confundir os sinais do sarampo com os de uma constipação, mas a evolução da doença revela características que distinguem o sarampo das demais doenças. Os principais sintomas incluem:
- Febre: O sarampo frequentemente inicia-se com febre alta, que pode persistir por vários dias.
- Conjuntivite: Inflamação e vermelhidão nos olhos são comuns, acompanhadas de sensibilidade à luz.
- A nível respiratório: tosse persistente, rinorreia e/ou congestão nasal.
- Manchas Vermelhas: Um dos sinais mais distinguíveis são as manchas vermelhas e elevadas que aparecem no rosto e se espalham pelo corpo.
- Manchas de Koplik: São pequenas manchas brancas com um centro azul que podem aparecer na mucosa bucal.
A gravidade dos sintomas pode variar, e complicações sérias, como pneumonia, encefalite e até mesmo morte, podem ocorrer em casos mais extremos.
Formas de contágio do Sarampo:
O sarampo é altamente contagioso e propaga-se principalmente através de gotículas respiratórias. Quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou fala, as partículas virais são liberadas no ar, podendo ser inaladas por pessoas próximas. O vírus também pode permanecer viável em superfícies por várias horas, aumentando o risco de contágio.
Grupos de Risco:
Os grupos de risco para o sarampo incluem aqueles que têm maior probabilidade de desenvolver complicações graves em caso de infecção. Embora o sarampo possa afetar qualquer pessoa não vacinada, alguns grupos são mais vulneráveis:
- Bebés e Crianças Menores de 5 Anos: mais susceptíveis a complicações graves do sarampo;
- Adultos Não Vacinados: Adultos que não receberam a vacina contra o sarampo durante a infância ou que não tiveram a doença anteriormente são mais propensos a contrair a infecção;
- Grávidas: têm um risco aumentado de complicações associadas ao sarampo, incluindo parto prematuro, baixo peso ao nascer e até mesmo perda gestacional;
- Pessoas com Sistema Imunológico Comprometido: doentes VIH, oncológicos ou transplantados têm um risco aumentado de complicações relacionadas ao sarampo.
Medidas Preventivas Cruciais:
- Vacinação:
A VASPR ou vacina tríplice viral que protege contra o sarampo, rubéola e parotidite endémica é a medida mais eficaz para prevenir a doença. Segundo a DGS (Direção-Geral de Saúde): "cerca de 95% das pessoas desenvolvem anticorpos protetores após a primeira dose e cerca 99% após a segunda dose." As crianças devem receber a primeira dose aos 12 meses e a segunda dose aos 5 anos e a vacina está incluída no plano nacional de vacinação;
- Isolamento:
Indivíduos suspeitos de estarem infectados devem ser isolados para evitar a propagação do vírus;
- Evitar Contato com Pessoas Infectadas: Reduzir o contato próximo com pessoas diagnosticadas com sarampo ajuda a prevenir a disseminação do vírus;
- Higiene Pessoal:
A lavagem regular das mãos e a etiqueta respiratória, cobrindo a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, são práticas fundamentais.
Ao compreender o que é o sarampo, os seus sintomas e formas de transmissão, podemos adoptar medidas preventivas essenciais para proteger a saúde individual e coletiva. A vacinação em larga escala desempenha um papel crucial na erradicação do sarampo, contribuindo para comunidades mais saudáveis e resilientes.